Camisa 9 festeja bom momento do Fluminense e diz acreditar na conquista do tetra, mas descarta uma participação na Dança dos Famosos: 'Sou tímido'
Confiante, tranquilo e goleador. Os 11 gols nas últimas dez vezes em que vestiu a camisa do Fluminense no Campeonato Brasileiro garantem um sorriso quase permanente no rosto de Fred. Mas o feito também não é suficiente para garantir a felicidade plena do camisa 9 tricolor. Ainda não. Capitão do atual campeão brasileiro, o atacante quer mais. Gols, vitórias e, sobretudo, a taça do tetracampeonato nacional exposta na sala de troféus das Laranjeiras.
Aproveitando um de seus raros momentos de folga, Fred recebeu a reportagem da TV Globo Minas na sua casa, em Belo Horizonte, na tarde da última segunda-feira. Ao lado da filha Geovanna e do pai Juarez, o artilheiro do Fluminense na temporada, com 25 gols, e no Brasileirão, com 13, festejou seu bom momento com a camisa tricolor. O atacante frisou que, a oito rodadas do fim da competição, a equipe precisa errar o menos possível se quiser ficar com a taça, e disse não ter entendido até agora o que aconteceu na confusão com torcedores em agosto, que o fez pensar em deixar o clube e ainda o tirou das partidas contra Internacional e América-MG.
Deixando a mágoa para trás, o camisa 9 fez questão de pedir sugestões para futuras comemorações dançantes, mas descartou uma participação no quadro "Dança dos Famosos", do programa "Domingo do Faustão".
- Eu sou muito tímido. Só não sou tímido dentro de campo. Se puder fazer a dança dos famosos dentro do campo, vai ficar legal. Mas, lá no Faustão, domingo, pra enfrentar a plateia e o júri, vai ser tenso (risos) - explicou Fred.
Quem é o Leandrinho, seu "professor" de dança?
Leandrinho é um amigão que eu fiz no Rio. Um dos amigos de verdade que eu tenho. Brincamos muito, zoando um o outro. Eu fiz essa brincadeira. Ficamos jogando vídeogame, e quando um ganha do outro, fica dançando, comemorando. Eu fiz no intuito mais de queimá-lo para a galera, e deu o efeito contrário. Agora ele está com moral com todo mundo no Rio de Janeiro. Está famoso. E está adorando tudo isso, porque é superboleiro. É o chefe das coreografias, que puxa o embalo, o que vamos fazer. Ele é o mais figura, o mais sem ritmo, o mais baixinho de todos. E ficamos pegando no pé dele, falando que ele não sabe dançar... O chamamos de professor de dança para zoar mesmo.
Leandrinho é um amigão que eu fiz no Rio. Um dos amigos de verdade que eu tenho. Brincamos muito, zoando um o outro. Eu fiz essa brincadeira. Ficamos jogando vídeogame, e quando um ganha do outro, fica dançando, comemorando. Eu fiz no intuito mais de queimá-lo para a galera, e deu o efeito contrário. Agora ele está com moral com todo mundo no Rio de Janeiro. Está famoso. E está adorando tudo isso, porque é superboleiro. É o chefe das coreografias, que puxa o embalo, o que vamos fazer. Ele é o mais figura, o mais sem ritmo, o mais baixinho de todos. E ficamos pegando no pé dele, falando que ele não sabe dançar... O chamamos de professor de dança para zoar mesmo.
Qual vai ser a próxima dancinha?
Vou até colocar no meu Twitter para a galera mandar alguma coisa, sugestões. Mandem para o @fredgol9. Pode até ser um vídeo com a dancinha para eu já lançar na próxima partida.
Vou até colocar no meu Twitter para a galera mandar alguma coisa, sugestões. Mandem para o @fredgol9. Pode até ser um vídeo com a dancinha para eu já lançar na próxima partida.
Tem vontade de ir para a "Dança dos Famosos", do Faustão?Não. Eu sou muito tímido. Só não sou tímido dentro de campo. Se puder fazer a dança dos famosos dentro do campo, vai ficar legal. Mas, lá no Faustão, domingo, pra enfrentar a plateia e o júri, vai ser tenso (risos).
Você considera que este é seu melhor momento no Fluminense?É um dos melhores. Para confirmar como o melhor momento, eu tenho que conquistar alguma coisa, algum objetivo. Tomara que se concretize um dos melhores momentos no fim do ano, com o título. Se conquistar o título e eu continuar fazendo gols importantes, com certeza, vai ser um dos melhores momentos. Mas, individualmente falando, eu estou bem. Me sentindo muito bem, confiante e tranqüilo.
Ao que você atribui essa sua grande fase?A equipe inteira está mostrando evolução. Com os dois laterais e o meio-campo que temos, a bola aparece muito para mim. Então, estou tendo muitas oportunidades para finalizar e, consequentemente, facilidade para fazer os gols.
Isso está fazendo você ser tão decisivo?Nosso time me usa muito como referência. Isso é uma responsabilidade muito boa, e qualquer atacante quer ter. Você ser a referência, quando estiver apertado receber (a bola) para segurar a bola ou para fazer o gol. Quando for cruzar, vai olhar para você dentro da área. Qualquer atacante quer ter essa responsabilidade, e as diversas chances de gol surgem naturalmente.
Em 2009, você ajudou o Fluminense a escapar do rebaixamento. É uma característica dessa equipe superar os momentos difíceis?Estamos criando essa marca desde 2009, com a arrancada em que tínhamos 99% de chances de rebaixamento. Em 2010, deixamos o perigo para trás, fizemos um ótimo campeonato e fomos campeões. Foi maravilhoso. Neste ano, o primeiro turno não foi muito bom. No segundo temos feito vários gols e conquistado boas vitórias. Está sendo maravilhoso.
Quem será o campeão brasileiro?Acho que temos grande chance de sermos campeões porque ainda teremos muitos confrontos diretos nas últimas rodadas. Tem o Botafogo, que está na luta pelo título, tem o Vasco... As outras equipes, como São Paulo e Corinthians, também vão se enfrentar. O campeonato vai terminar com clássicos, e o grau de dificuldade será muito grande. Mas é muito cedo para falar em campeão. Só vai ser decidido mesmo na última partida. Tomara que a gente continue vencendo esses jogos para conquistar esse bicampeonato.
Você esperava ver os quatro times do Rio disputando o título até o fim?Em 2009, o campeão foi o Flamengo. Em 2010, o Fluminense. Este ano, o Vasco foi campeão da Copa do Brasil. Todos os times estão brigando lá em cima. O futebol carioca tem se organizado bem, feito um planejamento bacana, se reforçado com grandes jogadores. Não são apenas onze jogadores em cada time. Você vê o elenco dos quatro grandes clubes lá, são todos jogadores de qualidade. Fora a força, a tradição que têm. Com essa organização, esse planejamento, o futebol carioca conseguiu trazer aquele brilho do Rio de anos atrás.
Faltam apenas oito jogos. O que é fundamental nessa reta final?O fundamental é focar cada partida, errar o menos possível. Chegou o momento em que tem que aproveitar ao máximo as oportunidades nos jogos. Só vamos enfrentar equipes de um alto grau de dificuldade. Ou alguém que está brigando pela Libertadores, ou que está correndo o risco e querendo escapar da zona de rebaixamento... Qualquer jogo vai ser complicado. Fora os times que estão brigando pelo título. O segredo é aproveitar ao máximo cada jogo para buscar sempre a vitória.
Que lição você tirou da confusão com os torcedores (N. do R.: Em agosto, Fred foi visto por torcedores em um bar e acabou perseguido pelos mesmos. Alegando falta de segurança, o atacante cogitou sair do Fluminense e ficou fora das partidas contra Internacional e América-MG)?Na verdade, eu não entendi muito aquilo. Foi uma situação muito desconfortável, não só para mim, mas para a torcida, para o clube, a diretoria. Só me trouxe desgosto. Graças a Deus foi superado. Minha relação com a torcida é ótima, e a diretoria sempre me apoiou. Na verdade, foi uma armação para cima de mim. Quem me conhece, sabe. Eu não aprendi nada. Não tem nada a ver esse negócio de violência do torcedor. Hoje no Brasil, vários torcedores querem fazer isso. Sou completamente contra. Minha relação com o torcedor é muito boa. Se eu encontrar na rua, vou tratar superbem, do mesmo jeito que eles me tratam com muito carinho. Isso é legal. Se tiverem que me criticar também, vou aceitar na boa. Mas seu estiver em um restaurante, tomando um vinho e falarem que eu não posso beber, aí eu não vou aceitar. É uma relação de respeito.
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